quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Das portas fechadas


Como é ruim passar por uma porta fechada, principalmente quando é um lugar de que gostávamos muito quando aberto. Há muita gente no planeta e poucas pessoas, poucas portas abertas. A porta aberta serve para entrarmos, mesmo que seja para sair rapidamente, ou enxotado, mas pelo menos nos deixaram entrar e desbravar o que há guardado lá dentro. Pelo menos nos deram a chance de explicar ou mostrar a cara, as fraquezas, as mazelas. As alegrias, enfim. Uma porta fechada é corte profundo, cicatriz. Mas pior que ver a porta fechada é vê-la se fechando, muitas vezes com força, na sua cara. É um soco na boca do estômago, porque a pessoa que fechou nem se incomodou com o que ia acontecer. Simplesmente fecha a porta e nos deixa para o lado de fora.

Mas pensando friamente, qual seria o sentido de uma porta se ela não se fechasse? E da bomba, se não explodisse? E do amor, se não doesse.

Portanto, leitor, portas sempre existirão, mas não as force, permita que elas se abram sozinhas, permita que lhe deem a possibilidade de entrar, permitam que as portas sintam sua presença e se abram com prazer. As portas do Paraíso, as portas da esperança, as portas do Inferno, as portas do coração, as portas da vida. Elas estão em todos os lugares, em todas as pessoas, de todos os tamanhos e formatos. O que não pode haver é porta entreaberta. Obrigado por abrir um pouco a porta do seu tempo para este texto.

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