segunda-feira, 5 de abril de 2010

É um absurdo!


Há muitas coisas que me impressionam, alugmas mais que outras. Mas ontem, domingo (4/04/10), algo me deixou realmente impressionado. A TV Bandeirantes promoveu uma espécie de sabatina com o presidente Lula. Lá estavam Joelmir Beting, Fernando Mitre, Boris Casoy e José Luiz Datena. Ele mesmo! Datena era um jornalista esportivo e depois de algum tempo começou fazer jornalismo sensasionalista. O programa de esporte que ele comanda todas as tardes na Band é interessante e engraçado, e só. Beting, Mitre e Casoy são jornalistas preparados para discutir com o presidente qualquer assunto: política, economia, questões sociais etc. Mas o Datena, não.

Num dado momento da entrevista, o presidente foi questionado sobre o aumento do número de motoboys e respondeu que hoje as coisas andam mais rapidamente porque existem os motoboys. Concordo com ele. Mas de repente, do meio dos jornalistas, surge a afirmação: "É, presidente, mas todos os dias morre motoboy em São Paulo". O Lula lamentou o fato e disse que precisam ser tomadas algumas atitudes para mudar o quadro. Elegância do presidente, que precisa respeitar a imprensa. Por um momento tive vontade de ser o Lula, só para olhar para o Datena e responder: "Mas o que isso tem a ver com o que estamos conversando?" Ou "O que eu tenho a ver com isso?" Mas, claro, uma resposta como essa é coisa de gente despreparada para ser presidente, como eu.

Bom, o que me deixou mais impressionado é o fato de levarem o Datena para uma entrevista com o presidente. Nada contra o jornalista, que quando faz jornalismo esportivo entende, mas não tem o mínimo de preparo para conversar com o presidente, infelizmente. Sou Lula sempre, mas ontem poderia ser qualquer outro, minha opinião seria a mesma. Assim como defendi o Kassab no caso das enchentes em São Paulo, ele não tem responsabilidade sobre isso. Datena, gosto de você fazendo esporte com o Neto, dou muita risada, por favor, continue assim, no esporte.

sábado, 3 de abril de 2010

Retorno


Sabe aqueles momentos que você nem sabe por onde começar? Pois é. Faz tanto tempo que não escrevo nada aqui, que nem sei como começar. Bom, voltar é sempre complicado, porque a vontade de escrever sempre existe, mas no meu caso foi desleixo mesmo, pura preguiça de abrir o computador e postar alguma coisa interessante ou não, mas postar. Não porque haja muitas pessoas que me leem, porque não há, mas porque preciso escrever para mim mesmo, para depois de algum tempo me ler de novo e dizer "nossa, quanta merda eu escrevia". Pensando bem, ouço tanta merda também, então não posso me culpar. Fato é que aconteceram muitas coisas desde a última postagem, mas apenas duas dignas de nota: moro sozinho e saí do meu emprego.

Morar sozinho sempre foi uma vontade muito grande, ainda mais depois que me separei e voltei a morar na casa dos meus pais. Não por eles ou por meus irmãos, mas por mim. Já não cabia mais naquela casa e vice-versa. E cá estou eu morando sozinho, morrendo de saudade das boas risadas que dava com meus irmãos. Difícil entender minha cabeça? Nem tanto, sou um ser humano. Viver comigo mesmo já é complicado, rio, choro e brigo sozinho, e mesmo minha parte mais inimiga de mim mesmo precisa de mim, pois sem mim ela não é nada. Mas ter alguém para desabafar é bom, por isso escrevo aqui. Como diz o Igor "já sei, pai...", preciso ser mais assíduo e estar mais aqui, em mim mesmo.

Sair da Saraiva, a outra coisa digna de nota, foi uma decisão complicada, difícil, mas acertada. Pelo menos até agora. Precisava daquilo, como diz um amigo "olhar no espelho e se reconhecer". Reconheço-me olhando pra mim mesmo, e isso me deixa forte. Sempre vou a favor dos meus princípios e escolhas, prefiro isso a deixar o barco à deriva, mesmo que de vez em quando seja necessário para a sobrevivência.

É isso, volto cheio de vontade de me atualizar a cada semana, sempre trazendo alguma coisa, sempre com um texto diferente, mesmo que não seja meu. O Quintana, com a alma errada, está certo quando diz que essa vida é uma estranha hospedaria, mas precisamos fazer dela uma coisa melhor, por isso desabafo aqui. Assim, a precariedade da nossa existência, ganha um gosto mais doce, mais tolerável. Pelo menos pra mim.