sexta-feira, 31 de julho de 2009

Algumas coisas não se misturam


Uma vez vi um livro que tratava sobre personalidades de diversas áreas diferentes. Era até interessante como o autor descrevia cada uma dessas personalidades, contando um pouco da vida delas, mas de uma maneira divertida e curiosa. Uma coisa, no entanto, chamou minha atenção e me fez torcer o nariz. No mesmo livro estavam sendo estudados Machdo de Assis e Carla Perez. Além disso, na quarta capa do livro estavam algumas fotos das personalidades comentadas no interior, e minha surpresa foi quando vi a foto de Machado de Assis - verdadeiro pai da Psicanálise, profundo conhecedor da alma humana - ao lado da foto da Carla Perez, dançarina-cantora-modelo-apresentadora. Nada contra a "loira do Tchan", mas um mínimo de bom senso há de existir nesses casos. Se fizermos uma pesquisa de popularidade entre os brasileiros, tenho certeza que a morena-loira ganhará facilmente do Bruxo do Cosme Velho. E não critico as pessoas por isso, é só uma constatação, elas são levadas pela onda, e a cada vez é uma onda nova. Machado não é onda, é um oceano.



A partir daí, passei a prestar mais atenção e notei que isso acontece com uma certa frequência. Exemplo: num programa de futebol de um canal fechado, estavam na mesma mesa Caio - ex-jogador mais jovem da história e agora comentarista - e Claudio Carsughi - um dos comentaristas esportivos mais experientes do Brasil. Caio era bom jogador, e tem se mostrado bom comentarista também, mas não para dividir um programa com um comentarista tão experiente assim. Coisas do Cleber Machado. Outro exemplo, são os jogos beneficentes em que cantores e corredores de Fórmula 1 dividem o campo de futebol para rachar, na sontido mais literal da palavra. Racham as canelas, o gramado e rachamos de rir com eles. São somente alguns exemplos de misturas que não funcionam, não soam naturalmente.



A campeã no ranking das misturas que deram errado foi o cruzamento entre Ivete Sangalo e Herbert Vianna. Explico. Uma música linda do Herbert Vianna, "A lua que te dei" (http://letras.terra.com.br/os-paralamas-do-sucesso/47922/), tem uma letra linda e uma melodia melhor ainda. Pois bem, a moça gravou a música e na parte que diz "Me queira bem, durma bem, meu amor..." ela grita tanto que, se cantasse pra alguém dormir de verdade, a pessoa tomaria um susto e não conseguiria dormir por muito tempo. Enfim, meus caros, as misturas e combinações são saudáveis e necessárias, mas com muito cuidado. Viva o café-com-leite, queijo com goiabada, morango com chocolate, Ronaldo e Corinthians. Até o próximo post.

Um comentário:

  1. Ficar na praia pode ser bom, mas lançar-se ao incerto oceano é uma tarefa assustadora, embora tenha suas recompensas.

    Para quem quer se lançar, invento o cais, já diria a música...

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