sexta-feira, 17 de maio de 2013

O ser humano é mais importante



Li recentemente um artigo sobre ser de dirteita e ser de esquerda. O autor diz, logo no início, que concorda ser uma discussão estéril, mas continua discorrendo por mais alguns parágrafos, ou seja, para ele não é estéril. Ele precisa continuar falando sobre ser de direita ou de esquerda. Há uma necessidade latente nessas pessoas de afirmar a todo o momento que pendem para um lado. Fico assustado com esse tipo de postura. Levantar a bandeira da diferença entre esquerda e direita e afirmar "sou de esquerda" ou "sou de direita" é separar as pessoas por uma ordem pura e simplesmemte partidária. Repetir que é de esquerda ou de direita é a necessidade de se ouvir para se convencer de alguma coisa ou para cobrir, com uma ideologia ultrapassada, a de ação e de atitude

Infelizmente, como já escrevi aqui em outro post, não voto mais. Oposição e situação trocam de lugares o tempo todo e os problemas de base que temos continuam. As contradições são absurdas e não posso permitir ser representado por nossos dirigentes. Nosso governador (da dita direita) é truculento e déspota, a ponto de fazer uma "limpeza" na cracolândia, em vez de dar condições dignas de recuperação para os dependentes. Nosso prefeito (da dita esquerda) nomeia para Secretário da Promoção da Igualdade Racial um homem que agrediu fisicamente a ex-mulher e é totalmente descontrolado. E pior: ele é do PCdoB. Quem é comunista hoje? Quem não vive dentro do sistema? É lamentável. Por essas e outras não me permito ser representado por essa gente.    

Mais uma vez, esquerda e direita só existe na ideologia daqueles mais preocupados em se autoafirmar de um lado ou de outro. Colocar a mão na massa, ajudar as pessoas, resolver os problemas, mostrar caminhos, entrega, dedicação, caridade, voluntariado. Tudo isso vem antes de sermos de esquerda ou de direita. Toda segregação é um preconceito. O pensamento que segrega por conta de ideologias políticas e partidárias é o mesmo que segrega homosexuais, negros, religiosos, gordos, magros, feios, bonitos, ricos. É preciso tomar cuidado, é preciso abrir os olhos e perceber que há pessoas morrendo de fome do nosso lado enquanto ficamos nessa discussão estéril, para usar as palavras do autor do artigo.

Quem quiser ler o artigo: http://www.diretodaredacao.com/noticia/direita-e-esquerda-eis-a-questao. No final o autor diz o seguinte: "Mais cedo ou mais tarde, essa confusão de quem entra em contradição com a própria visão do mundo pode provocar irreversíveis problemas de consciência. Nesse quesito, felizmente, e desde garoto, a minha consciência vai seguindo em paz..." Não, se você estivesse com a consiência em paz, não precisaria escrever sobre uma discussão que você mesmo diz ser estéril.

Não tenho religião, não voto mais, não sou de esquerda nem de direita, não tenho partido político, não sou preto nem branco. Dentro do meu alcance, procuro fazer o bem para as pessoas, ajudar o próximo, fazer caridade para quem precisa, dar afeto ao meu filho para que ele seja do bem e de bem, antes de qualquer coisa, para que no futuro, quem sabe, com cabeças bem mais abertas do que as nossas, as crianças de hoje construam um lugar em que não precisem mais de partidos políticos para viver em paz. 

 

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